São João de Cachoeira com cenografia de Bactéria
- junho 10, 2016
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O São João de Cachoeira tem o Cordel e a Obra de Hansen Bahia como tema em 2016.
"A Arte Somos Nós” evoca a expressão “A revolução somos nós”, de Joseph Beuys, quando o conceito de escultura social foi aplicado em suas proposições artísticas para desencadear ações que viessem proporcionar uma experiência integrada do fruidor com a obra e, consequentemente, com o mundo.
Tratava-se de uma estratégia que fosse além da experiência estética, ou melhor, que despertasse a consciência do indivíduo a partir do embate direto com a obra, para que ele próprio desse sentido estético ao que lhe era apresentado e, ao fazê-lo, emancipar-se-ia das esferas da vida cultural, espiritual, econômica e política.
Em “A Arte Somos Nós”, Zimaldo Melo nos estimula ao prazer, ao gozo e à satisfação da experiência ao colocar-nos como espectador ativo que faz a obra acontecer juntamente com o artista – por vezes com a máquina programada por ele. A troca de estímulos entre obra e espectador faz da fruição uma experiência singular, onde o ambiente expositivo se torna a plataforma viva desta singularidade.
Linguagens tradicionais como desenho, pintura e gravura convivem com recursos da arte-programação para proporcionar ao partícipe-executor da obra uma experiência real da arte, similar à visão de John Dewey de que “a arte faz algo diferente de conduzir a uma experiência. Constitui uma experiência. E o faz transcendendo os significados acumulados e revelando novas possibilidades”. Assim, games e máquinas são criados para fazer da experiência um jogo imbricado em conceitos filosóficos e estéticos, que vão além da “brincadeira despretensiosa” e nos fazem pensar na experiência artística e estética como algo que vá além das camadas superficiais da também despretensiosa contemplação.
Os sistemas binários são combinados em fluxogramas e transformados em códigos sensíveis à presença humana para criar a diversão, mas uma diversão entrecruzada por referências artísticas importantes que fazem de cada trabalho um estágio para reflexão do fazer artístico.
Na associação dos títulos dos trabalhos com artistas ou com obras específicas, os conteúdos relacionados ao tema das artes gráficas são postos em xeque ao tratar as ações realizadas por princípios da serialidade como ações únicas ou a reprodutibilidade técnica como irreprodutibilidade digital. A unicidade da obra é levada a cabo em cada operação: na aleatoriedade colaborativa do desenho e da pintura, no gotejamento de cores por algoritmos, no percurso da bola que traça linhas de cor, na visualidade musical ou na instantaneidade do desenho.
Zimaldo Melo nos oferece uma oportunidade de socialização através destas operações, não só disponibilizando meios para nos integrarmos tecnologica, ludica e prazeirosamente ao proposto, como também para afirmarmos a uma só voz: a arte é feita por todos nós!
Antonio Carlos Portela e Dilson Midlej
Professores do Curso de Bacharelado em Artes Visuais - UFRB.
O Projeto Coordelizando 2016 traz nomes de peso da cultura nordestina para Salvador.
O São João de Cachoeira tem o Cordel e a Obra de Hansen Bahia como tema em 2016.
Oficina de gravura com alunos do CAPS-Cachoeira no Ateliê de Gravuras da Fundação Hansen Bahia.
Artigo feito para a disciplina Fotografia II do curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Recôncavo – UFRB
trabalho tem como objetivo compreender as teorias que nortearam a produção do artista Hélio Oiticica.
Texto da curadoria da Exposição A Arte Somos Nós por Antonio Carlos Portela e Dilson Midlej.
Na exposição, A Arte Somos Nós, que utiliza o digital, o elo entre a subjetividade e a corporalidade estão presentes no fazer da obra que ora tem o observador/participante como co-autor.
Planejamento e criação de cenografias para festas temáticas, shows, teatro, etc.
O artista oferece oficinas de gravura para grupos de 10 a 20 pessoas com faixa etária acima dos 14 anos.
Participação em Mostras, Exposições, Bienais, etc.
Impressão artesanal e relevo a seco de tiragens limitadas de cartazes, convites, envelopes, etc.
Criação e projeção de vídeo mapeado em suporte 3D.
Textos publicados em periódicos e publicações diversas.
Segundo o Dicionário Informal, urubuservar é “observar de longe”. Expressão que ficou famosa pela música “Maracatu de Tiro Certeiro”, de Chico Science & Nação Zunbi, trata-se provavelmente de um neologismo coletivo.
Oficina de gravura com alunos do CAPS-Cachoeira no Ateliê de Gravuras da Fundação Hansen Bahia.
Durante a minha adolescência descobri que tinha uma característica que não sabia possuir. Me falaram de repente que eu era Sanpaku. Eu fiquei me perguntado: que diacho é sanpaku?
Onde a arte se encontra com a vida? Podemos encontrar arte em situações corriqueiras do nosso dia-a-dia? Em que momento ocorre o deslocamento do insignificante
Um olhar sobre corporeidades orgânicas e inorgânicas ignoradas ao longo de um trajeto realizado por mim entre as cidades de Lauro de Freitas e Cachoeira no Recôncavo da Bahia.
Ruínas são grandes corpos abandonados pela sociedade.
Flagrantes do abandono de arquitetura que se dissolve na matéria e na lembrança.
Do gesto visual ao gesto musical Código escrito em linguagem de programação Processing, que traduz o gesto de desenho em gesto musical. Seguindo os princípios
“Somos os propositores, somos o molde: a vocês cabe o sopro, no interior desse molde: o sentido de nossa existência. Recusamos o artista que pretenda
A arte em processo aberto e expandido. Esta é a melhor frase para iniciar uma descrição sobre a proposta artística de Zimaldo Bactéria. Suas proposições
Graduado pelo curso de Bacharelado em Artes Visuais da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB, realiza experiências com pintura, gravura, arte, tecnologia e performance buscando sempre estimular a participação do público através de uma poética participativa. Em 2012, participou da XI Bienal do Recôncavo da Bahia, com o trabalho Desenho Aleatório Colaborativo Sem as Mãos. Em 2013, foi selecionado para publicar o registro da obra Haircut Performance na edição Evocações da Arte Performática 2010-2014. Atua, desde meados da década de 1980 no campo das artes gráficas: de impressão serigráfica até plataformas de computação gráfica e desktop publish. No campo da arte, desenvolveu uma poética participativa, fazendo um convite ao observador a interferir no processo artístico. Para criar obras como o Desenho Aleatório Colaborativo Sem as Mãos, Haircut Performancen e Irreprodutibilidade, buscou referências em artistas como o Grupo Fluxus, Joseph Beuys, John Cage e a performer Marina Abranovich, além dos brasileiros Lígia Clark, Hélio Oiticica, Arthur Barrio e Cildo Meireles. Todas estas obras foram reunidas na Exposição A Arte Somos Nós realizada em 2014 como trabalho de conclusão da graduação no Bacharelado de Artes Visuais da UFRB. Também mantém uma produção de gravuras, utilizando técnicas de gravação em madeira, metal e materiais sintéticos. Colaborou com a implantação do Atelier de Gravuras da Fundação Hansen Bahia (FHB), na cidade de Cachoeira – Bahia, coordenando oficinas permanentes voltadas a estudantes de escolas públicas, universitários e turistas que visitam a galeria da FHB. Também realiza um trabalho de divulgação da gravura, ministrando oficinas e palestras abordando os temas relacionados a processos de artes gráficas. Recentemente participou da Exposição Internacional Museu Florestal, Uma Inspiração, que reuniu trabalhos de 140 gravadores de várias partes do mundo e tem gravuras em acervos importantes, como a Casa da Xilogravura em Campos do Jordão, Museu Florestal Octávio Vecchi e Biblioteca Nacional.
Texto da curadoria da Exposição A Arte Somos Nós por Antonio Carlos Portela e Dilson Midlej.
Na exposição, A Arte Somos Nós, que utiliza o digital, o elo entre a subjetividade e a corporalidade estão presentes no fazer da obra que ora tem o observador/participante como co-autor.